27 junho 2008

Preço da carne bovina seguirá em alta, diz CNA

Agência Estado - 27/06/2008 - Gazeta do Povo Curitiba
Os preços da carne bovina continuarão em alta, reflexo do incremento da demanda externa e da melhora do consumo no mercado interno. Além disso, os custos da pecuária de corte estão elevados, o que impede a venda de bois para abate a preços mais baixos. O preço do sal mineral, por exemplo, subiu 100% no acumulado deste ano. O produto é usado como suplemento alimentar. As informações são do presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). "A tendência é de preços firmes. Não podemos vender por valores inferiores ao custo de produção", argumentou.

Ele participou nesta quinta-feira, na sede da CNA, da primeira parte do seminário internacional Agri Benchmark Beef Conference. Nogueira lembrou que o preço da arroba dos animais rastreados supera R$ 100 em algumas regiões do país. Para animais que não tenham o sistema de rastreamento, os lotes estão sendo vendidos, em média, a R$ 94 por arroba. Nesse valor e com o dólar nos patamares registrados nas últimas semanas, em dólar, a arroba do boi brasileiro vale quase US$ 60. Historicamente, o preço médio da arroba nas praças paulistas variava entre US$ 20 e US$ 25.
O representante dos pecuaristas acredita que a alta dos preços é resultado do abate excessivo de fêmeas, fenômeno que vem sendo verificado nos últimos três anos. "No passado, nós procuramos o governo e defendemos um programa para retenção de matrizes, mas nada foi feito", lembrou. A escassez de animais para abate tem levado alguns frigoríficos a avaliarem a possibilidade de conceder férias coletivas para os funcionários com objetivo de ajustar a oferta com a mão-de-obra instalada nas indústrias.
Nogueira lembrou que os preços da carne no mercado internacional também estão em alta. De acordo com ele, os cortes enviados para a Rússia tiveram valorização de 200% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano em relação a igual período de 2007. Os preços dos cortes enviados para Irã e Egito dobraram no ano. Para o presidente do Fórum, a valorização dos preços no mercado internacional pode "acabar" com as barreiras ao produto brasileiro no mercado externo. "Quando dói no bolso ninguém segura", comentou.
Opinião: Problema todo não esta na possibilidade de alta, e sim na frequência que as notícias de aumentos de preços estão aparecendo...hoje foi a carne, ontem a farinha, antes, a crise do biocombustível.
É de se preocupar

22 junho 2008

Do plano à ação - Três caminhos para executar e monitorar o planejamento da sua empresa

Zero Hora - 22 de junho de 2008 - Caderno Dinheiro

Bons planejamentos estratégicos podem atingir todos os objetivos, mas mesmo os mais criativos e visionários se tornam inúteis se não forem transformados em ação.Veja três recomendações que vão ajudá-lo a realizar essas transformações.

Comunique o mais importante

É difícil conduzir todas as nuances que o planejamento em uma grande corporação pode ter. Certificar-se de que a maioria conhece o seu papel na execução de 80% das funções mais importantes da estratégia é mais útil do que informar a todos sobre os 20% restantes. Tim Stratman, ex-diretor executivo da RRD Direct, de Chicago, afirma que o sucesso está em objetivos simples e claros, conhecidos pela empresa. Na UPS, gigante americana de logística, reuniões rápidas e diárias mantêm todos no rumo.
- Havia reuniões obrigatórias diárias de três minutos para reforçar objetivos e resolver problemas. Isso representa 4 milhões de horas de comunicação por ano - diz Tom Weidemeyer, ex-diretor operacional da empresa.

Facilite a solução

A maioria das empresas desenvolve métodos para testar as possibilidades de seus planos.
- Se o objetivo era resolver dificuldades de remessa, poderíamos rastrear o transportador de cargas para descobrir as origens do problema - explica Gordon Woodfall, da americana Thermo KeyTek, que monitorou o comportamento de motoristas para chegar aos resultados desejados.

Revisões formais

São poucas as chances de sucesso de um plano que não for freqüentemente revisto. Seja específico sobre o quanto pretende revisar o planejamento e qual será a agenda de acompanhamento. Os recursos humanos devem estar no topo da agenda nas sessões regulares de revisão.
Stratman ressalta que, na RRD Direct, a cada ano fazia-se uma avaliação rigorosa para garantir o profissional adequado na função apropriada. Quando se tem certeza de ter as pessoas certas nas funções certas, deve-se então, antes de executar, analisar os recursos disponíveis.
Para cobrir lacunas entre os critérios e as decisões agressivas a serem tomadas, é preciso contar com instrumentos confiáveis para avaliar os recursos. O mecanismo específico e mais eficiente para isso dependerá do tamanho, da complexidade e da cultura da organização.
- Se tivermos uma idéia clara das primeiras iniciativas, assim como dos pontos-chave sobre os quais impactarão, teremos a melhor visão do progresso real do plano - afirma o ex-presidente da Fourth Floor, Bob Zagotta.

Melissa Raffoni é fundadora da Raffoni CEO Consulting

*Tradução: Régis Machado

20 junho 2008

Passo Fundo deve ganhar nova maltaria da Ambev

Zero Hora - 20 de junho de 2008 - Economia


Quinta maior cervejaria do mundo, a Ambev deve anunciar nos próximos dias a instalação de uma nova unidade para produzir malte de cevada no Rio Grande do Sul, com investimento estimado em R$ 200 milhões.
A informação foi dada ontem pelo prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp (PDT), que afirma ter recebido um e-mail da direção da empresa confirmando o projeto no município.
Oficialmente, a companhia ainda não anunciou a escolha do Estado para o empreendimento. O grupo admite, porém, que as negociações com o governo gaúcho e com a prefeitura de Passo Fundo estão avançadas.
- A receptividade no Rio Grande do Sul é muito boa e estamos otimistas - disse ontem o diretor de relações corporativas da Ambev, Milton Seligman.
O secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Fernando Záchia, reitera que ainda faltam alguns acertos, mas acredita que um acordo esteja próximo de se concretizar:
- Se houver algo concreto, semana que vem será feito o anúncio.
Dipp afirma que a companhia teria pré-selecionado duas áreas no município para receber a planta, que ocuparia um terreno de 30 hectares. Os locais estariam a cerca de 20 quilômetros da zona urbana do município.
Uma dessas áreas fica às margens da estrada Passo Fundo-Carazinho (BR-285), e a outra, é lindeira à rodovia Passo Fundo-Pontão (RS-324).
- As negociações começaram há oito meses. Mas há pelo menos dois anos a Ambev prospectava uma área em nossa região - contou Dipp, que prevê a criação de cem empregos.Segundo o prefeito, na próxima semana, técnicos da companhia devem ir a Passo Fundo para definir a área onde o complexo será instalado e assinar um protocolo de intenções.
Segundo Dipp, a maltaria vinha sendo disputada com cidades argentinas, paulistas e com a gaúcha Vacaria. Passo Fundo teria sido escolhida por causa da grande produção de cevada na região, pelo importante pólo logístico (ferrovias, rodovias e aeroporto com vôos diretos para São Paulo) e pela localização geográfica.
Contrariando a confiança de Dipp, uma fonte ligada ao governo gaúcho diz que a disputa com Vacaria ainda não está encerrada. Na companhia, circulam informações de que a opção mais provável é Passo Fundo, devido à vantagem logística. A Ambev mantém no município um centro de secagem e armazenagem de cevada, com capacidade para 300 mil toneladas do cereal. O local é um entreposto logístico para a produção regional, que é enviada para a maltaria do grupo em Porto Alegre.
A tendência é que, quando operar, a nova maltaria responda pelo processamento de matéria-prima gaúcha, enquanto a estrutura da Capital passaria a trabalhar com cevada importada.

A Ambev em números:
- 5ª maior cervejaria do mundo
- 12 bilhões de litros de bebidas vendidos por ano
- Atuação em 14 países
- 45 unidades industriais nas Américas
- 33 unidades no Brasil
- 3 plantas industriais no Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Viamão e Sapucaia do Sul)
- 2 milhões de pontos-de-venda na América Latina

17 junho 2008

Doritos assina primeira campanha para ET's


O anunciante promoveu no Reino Unido um concurso para que as pessoas criassem filmes voltados para extraterrestres; o melhor deles será veiculado na TV e também será emitido para o espaço


A Doritos prepara o lançamento da primeira campanha publicitária criada no planeta Terra que tem como público-alvo os extraterrestres. O plano de mídia inclui TV aberta e transmissões direto para o espaço. A ação faz parte do Doritos Broadcast Project, que convidou as pessoas do Reino Unido a criar filmes cujo briefing era mostrar como é a vida na Terra 'para alguém que está lá fora'.

O melhor deles, 'Tribe', elaborado pelo garoto Matt Bowron, de 25 anos, estréia na televisão britânica no próximo domingo, no intervalo de um jogo da Eurocopa. Além disso, a cada seis horas a peça será emitida para o espaço por poderosos transmissores na estação espacial européia EISCAT. O filme, que será incluído no Guinness, o livro dos recordes, mostra salgadinhos Doritos saindo da embalagem e fazendo movimentos diversos. Quando um rapaz abre a porta, todos voltam para o saco, com exceção de um, que fica mergulhado num molho, antes de ser devidamente devorado.

O diretor da EISCAT, o professor Tony van Eyken, que controla o envio da mensagem disse: 'O sinal é apontado para um sistema solar localizado a apenas 42 anos-luz da Terra, na constelação Ursa Maior. É um local muito parecido com o nosso sistema, o que possibilitaria a existência de planetas como o nosso'.

Peter Charles, responsável pelo projeto na Doritos diz: "Estamos constantemente procurando mostrar a nossa marca e agora estamos indo muito além do que qualquer marca já tenha ido. Ao transmitir o comercial vencedor para o universo, a Doritos está inovando e Matt Bowron, o vencedor, entrará no folclore da propaganda. Nós não devemos ficar tão surpresos se os alienígenas que chegarem à Terra saírem procurando por um saco de Doritos".

A Universidade de Leicester, que participa da experiência, afirmou em comunicado que 61% do público britânico acredita que este é apenas um começo do que será uma comunicação constante com seres de outro planeta, segundo pesquisa foi feita pela Opinion Matters, com 2.500 pessoas.


Veja uma produção preparada para o Brasil com o vencedor e os finalistas nos vídeos ao lado.

Estoque grande e importados reduzem preço de vinho nacional

Sérgio Bueno - http://www.valoronline.com.br/

A combinação entre a expansão das safras de uvas viníferas e o crescimento ininterrupto das importações, que ocupa espaços abertos pelo aumento do consumo doméstico, faz transbordar os estoques das vinícolas brasileiras. Já são 100 milhões de litros de vinhos finos acumulados nas empresas, o equivalente a cinco anos de vendas, e elas começam a reduzir preços, margens e compra de matéria-prima para conter os prejuízos.
O presidente da câmara setorial da uva e do vinho, Hermes Zaneti, diz que 40% dos estoques são considerados excedentes porque ultrapassam o período de vendas de três anos. No fim de 2005, o estoque chegava perto de 73 milhões de litros e desde lá a situação só piorou para as vinícolas. O problema ocorre principalmente com os vinhos tintos e, segundo Zaneti, muitas empresas estão ficando descapitalizadas.
O executivo, também diretor superintendente da Cooperativa Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves (RS), diz que o país precisa "disciplinar" as importações e combater o contrabando com maior eficácia. Ele defende a revisão do acordo comercial com o Chile que reduz gradativamente o imposto de importação para seu vinho, até eliminar a alíquota no fim de 2010. Os chilenos são os maiores exportadores de vinho ao Brasil, com fatia de 32,7% das importações e de 24% no mercado doméstico, em 2007.
O leilão de 27 milhões de litros que deve ser marcado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) ainda no início deste mês (para escoamento dos estoques e elaboração de destilado de vinho para a correção do grau glucométrico dos produtos da próxima safra) ajuda, mas não vai resolver o problema.
O secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Welber Barral, diz que a redução gradativa do imposto de importação sobre o vinho chileno vigora desde 2006 como parte do acordo de complementação econômica 35, de 1996. Hoje a alíquota está em 13,5% (metade da tarifa cheia de 27%), mas o problema principal enfrentado pelo setor é a valorização do real, entende o secretário. O Brasil, disse, negociando com o Chile medidas para compensar o efeito cambial, como a redução voluntário, por parte dos chilenos, da exportação de vinhos mais baratos (na faixa de R$ 12), e acordos empresariais como a formação de joint-ventures ou a transferência de tecnologia para aproveitamento conjunto do potencial de expansão da demanda. O próximo encontro da comissão bilateral ocorre neste mês.
A situação das vinícolas, acrescenta Zaneti, foi agravada depois que o governo de São Paulo decidiu adotar o regime de substituição tributária sobre o setor. Com a medida, o ICMS deve ser recolhido já na saída da indústria, o que leva o varejo a reduzir os volumes adquiridos a cada encomenda para empatar menos capital de giro e, em conseqüência, também ajuda a aumentar os estoques nas vinícolas. "São Paulo representa quase 30% do mercado brasileiro", diz.

Vinho chileno tem 24% do mercado e terá tarifa alfandegária zerada até 2010
Brasil negocia restrição voluntária

Mas o maior impacto é dos importados, favorecidos pelo câmbio. Em 2007, 57,6 milhões dos 78 milhões de litros de vinhos finos consumidos vieram do exterior - uma fatia de 73,3%. Em 2006 a participação havia sido de 67,4% sobre uma demanda total de 68,8 milhões e no primeiro quadrimestre deste ano ela subiu para 78,6% de 14,1 milhões de litros. Chile e Argentina respondem hoje por praticamente 60% dos produtos importados, segundo a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).
Ao mesmo tempo, a safra de uvas viníferas no Rio Grande do Sul, responsável por 90% da produção nacional, cresceu 27,5% em 2007, para 72,2 mil toneladas, depois de uma queda de 20% em 2006, e atingiu o melhor desempenho desde 2000. Em 2008, segundo Zaneti, a estimativa é que o volume tenha alcançado o recorde de 80 mil toneladas. Com o excesso de estoques e de oferta de matéria-prima, o preço da variedade cabernet sauvignon, por exemplo, ficou estável este ano em torno de R$ 0,85 o quilo, mas 37,5% da safra de viníferas foi vendida como uva comum, na faixa de R$ 0,46.
Com uma produção estimada de 2,7 milhões de litros de vinhos tintos finos neste ano e um estoque acumulado de 7 milhões de litros, a Salton decidiu partir para uma política comercial "agressiva" desde o fim de 2007, diz o diretor comercial Daniel Salton. Desde então, os preços do vinho Classic, um dos tintos mais vendidos pela empresa, já caíram cerca de 30% e hoje estão em R$ 10 a garrafa, no varejo. "O problema é a importação de vinhos baratos, na faixa de R$ 8 a R$ 15 a garrafa, que concentra os grandes volumes de vendas", diz.
No total a Salton deve produzir 8 milhões de litros de vinhos finos neste ano, mas a vinícola não carrega excesso de estoques de brancos porque a maior parte deles é utilizada na elaboração de espumantes - neste segmento as marcas nacionais ainda têm uma grande vantagem sobre as importadas. Neste caso, graças à boa qualidade aliada a preços mais atrativos, o espumante brasileiro dominou 72,5% do mercado doméstico de 11,8 milhões de litros em 2007 e 66,2% da demanda de 1,8 milhão de litros no primeiro quadrimestre deste ano.
Com o aperto no caixa, a empresa segurou planos de investimento. Em 2007 quase nada foi gasto, diz Salton, e neste ano, em vez das seis autoclaves (equipamentos para a produção de espumantes) necessárias, serão compradas quatro, no valor de R$ 1,2 milhão. A Salton tem vinho elaborado em quantidade suficiente para suspender a aquisição de uvas merlot e cabernet sauvignon (tintas) em 2009, mas pretende manter as compras para não afetar parte das 550 famílias que lhe fornecem matéria-prima todos os anos, diz o diretor.
Na Vinícola Perini, de Farroupilha (RS), a sobra recorde de 500 mil litros da safra anterior obrigou a empresa a reduzir o processamento de uvas viníferas em 20% neste ano, para 4 mil toneladas, volume necessário para elaborar 3 milhões de litros de vinhos, diz o presidente Benildo Perini. De acordo com ele, a produção própria aumentou de 300 mil para 600 mil quilos, enquanto a recepção de matérias-prima de fornecedores caiu 28%, para 3,4 mil toneladas. "Para 2009 ainda não é possível fazer previsões", afirma o empresário.

16 junho 2008

Reclames em órbita

Lurdete Ertel
Informe Econômico - ZH 14/06/08

A marca de aperitivos Doritos se associou a cientistas da Universidade de Leicester para lançar no espaço o primeiro anúncio publicitário dirigido a extraterrestres.
O comercial foi transmitido de um radar da associação científica européia Eiscat (foto) posicionado no arquipélago ártico de Svalbard, entre a Noruega e o Pólo Norte.
A mensagem publicitária, que viajará na velocidade da luz, só chegará a seu destino em 2050, calculam os cientistas.
É um vídeo de 30 segundos.




Carlos Oliveira
Blog de Astronomia do astroPT
http://astropt.org/blog/

O anúncio foi enviado no dia 12 de Junho para a estrela 47 Ursae Majoris, na constelação Ursa Maior, que encontra-se a cerca de 45 anoz-luz de distância.
O anúncio foi selecionado por concurso público que premiou o vencedor com 20 mil Libras, além da possibilidade de ser a primeira pessoa a contatar um extraterrestre na história da humanidade (comprovadamente).
Se eventuais extraterrestres gostarem e solicitarem um pedido, esse deverá ser entregue até o ano de 2150.
A empresa responsável pela logística de entrega vai ser definida até o ano de 2100, prazo estimado do recebimento da ordem de compra.
Google it: doritos, eiscat

12 junho 2008

As Seis Motivações de Compra

Por J.W. Camurça - Instituto MVC
www.administradores.com.br


Quando inicio meus seminários, mostro um cifrão bem grande para que não haja dúvidas quanto aos nossos interesses de aprender a ser mais felizes com os ganhos que podemos ter. Logo, o melhor é pensar naquele que é a razão de nossa existência, o Rei Cliente; é ele quem manda, ele sempre tem razão, ele é nosso patrão, ele é o todo poderoso, etc.. Daí, só cabe a nós fazermos o melhor que podemos para ganhá-lo e, o que é mais difícil, preservá-lo. Então é preciso praticar muita Empatia e estabelecer rapport, ou seja, se colocar no lugar do outro, pensar e agir como ele, e assim conquistar o único diferencial que realmente ainda existe na guerra da concorrência que é o coração do cliente, ou seja, a sua confiança e simpatia. Esta é a razão de falarmos agora sobre as Seis Motivações de Compra.


1. OBTER LUCRO
Comprar para revender com alguma margem acima do preço de custo é a razão da existência de todo e qualquer estabelecimento comercial. O Cliente que tem essa motivação de compra, sempre pede descontos em tudo, quer levar alguma vantagem extra na negociação, briga por prazos mais elásticos (sem juros é claro!), ou pede uma bonificação adicional ou procura promoções do tipo "pague 2 e leve 3”. Para deixar essa pessoa, que "espreme até a última gota", mais satisfeita, é sempre bom ter algum brinde preparado para esta ocasião, como por exemplo, canetas, agendas, risque-rabisque, camisetas, bonés etc. São aqueles produtos ou serviços que têm baixo valor, mas que causam impactos, pois passam a impressão que o cliente "ganhou mais do que pagou”.
Quando um vendedor externo compra um carro, porque vai visitar mais clientes, sua motivação de compras é obter lucro. Um taxista tem a mesma motivação quando instala GNV no carro, ou seja, terá menor gasto com combustível por quilômetro rodado.
Compradores apenas com a motivação de obter lucro, muitas vezes não valorizam a qualidade dos produtos.
Esta motivação de compra é a única em que o cliente só compra priorizando preços mais baixos; em todas as outras está disposto a pagar mais caro pelos valores agregados aos produtos e serviços.

2. EVITAR PERDAS
O consumidor que tem esta motivação de compra, procura produtos de alta qualidade, com embalagens atraentes, datas de validade de perecíveis mais longas, seguros de vida e bens materiais. Sua prioridade é não perder dinheiro na compra de produtos ou serviços, bem como obter todas as garantias possíveis.
Quando compramos uma cadeira com armação de ferro reforçado, procuramos um produto resistente e durável, com vida útil superior a uma cadeira feita de aglomerado; nesse caso, a prioridade é retardar o máximo possível a reposição do produto.
Para facilitar a conquista deste cliente, sugiro brindes como recipientes para guardar produtos perecíveis como baldes, latas e caixas, garrafas. O importante é que sejam duráveis e que tenham boas tampas que lacrem realmente, para assim evitar perdas com roedores, formigas, umidade, bolor, oxidação, etc.
Quando compramos um carro cuja prioridade é ter um melhor valor de revenda na hora da troca, ou seja, baixa depreciação e desvalorização, nossa motivação de compra é evitar Perdas.
Para satisfazer a essa motivação de compras muitas vezes optamos por pagar mais caro por produtos superiores, pois neste caso, o mais importante não é o preço, mas a qualidade.

3. SENTIR PRAZER
Essa motivação é a que tem a pior relação Custo X Benefício; pagamos sempre mais caro quando o assunto é lazer, hobby, comer especiarias ou alimentos mais elaborados, viagens turísticas, ou mesmo quando o assunto é higiene e beleza, aí que o valor cresce bastante.
No ramo da estética esse tema é uma "beleza" para se ganhar dinheiro, pois faz parte da natureza humana a busca constante da eterna juventude e, aqueles que podem, pagam qualquer preço para alcançá-la; além do mais, a Vaidade é um dos pecados capitais.
Encontramos clientes em vários setores que têm como principal motivação de compra sentir prazer, especialmente na Indústria Pet (animais de estimação) que além de oferecer serviços de Atendimento Veterinário, também explora Banho & Tosa, o que vai direto à vaidade de ter um animal bonito, com pêlo brilhante, macio e prazeroso. Um brinde que vai agradar em cheio aos clientes ligados a essa motivação de compra é a colocação de lacinhos (nas fêmeas) ou gravatinhas (nos machos). Esses clientes comentam que "pagam qualquer preço" para verem seu animal com mais vigor e alegria, com muita energia, pêlos brilhantes. Esses são os que mais gostam de "novidades", pois são os maiores consumidores de acessórios como coleiras, brinquedos, caminhas, etc.Também quando compramos um carro cujo principal motivo é o prazer de dirigir, somos movidos por essa motivação de compra.

4. EVITAR DOR
Como temos raiva do famoso "barato que sai caro"! É aquele famoso produto ou serviço que ao invés de resolver, só nos causa problemas.
Quando compramos queremos que tudo funcione conforme o previsto, que os prazos sejam cumpridos; pagamos mais caro, desde que não tenhamos "dores de cabeça".
Essa é uma motivação de compra que deve ser muito bem trabalhada, especialmente quando sugerimos a introdução de um novo conceito de consumo; se esse processo não for bem feito, haverá muita reclamação e o resultado do lançamento será um fiasco.
Quando os restaurantes exibem suas cozinhas para os clientes, na realidade querem mostrar a limpeza e o zelo em preparar os alimentos, isso porque eventuais riscos com alimentação contaminada são muito grandes.
Quando compramos um carro zero quilômetro, dando a maior importância ao fato de ter garantia estendida e assistência técnica em todo o Brasil, nossa motivação é evitar dor.

5. AUTO-ESTIMA
É quando procuramos o que é melhor para nós, pois já usamos vários produtos diferentes e sabemos o que queremos, e, principalmente, o que não queremos.
Nessa motivação de compra não nos interessam marcas, nem as experiências vividas por outros; também não tomamos decisões por influências de alguma ação de marketing, propaganda e promoções, o que queremos é a melhor relação custo X benefício, ou seja, o produto ou serviço certo, na hora certa, com o preço certo e o desempenho desejado.
O Cliente com a motivação de auto-estima é o mais difícil de conquistar, e o mais fácil de perder. Quando ele está plenamente satisfeito, transforma-se em um formador de opinião e divulga suas experiências positivas; contudo, quando insatisfeito, torna-se um inimigo mortal e perigoso por não aceitar ser ludibriado ou ter um atendimento inadequado.
Quando precisamos viajar com freqüência em estradas de terra com muitos buracos, pedras e eventualmente atoleiros, o ideal é que tenhamos um carro com suspensão alta e que seja 4x4, pois aqui o que mais importa é a realização de uma função de acordo com a necessidade e a preço justo; a marca e a beleza do produto são fatores secundários.

6. APROVAÇÃO SOCIAL
Sabe aquele produto que todos querem, ou aquele outro que os formadores de opinião usam com freqüência e que geram status? Eles refletem um sentimento muito primitivo do ser humano, que é o de sentir-se em uma mesma tribo, ou ter maior importância dentro dela.
Aqueles clientes que falam terem sido os "primeiros" a usarem determinado produto, ou que gostam de participar de concursos ou excursões, terão muito mais fidelização à empresa se sua foto aparecer em algum informativo/jornal ou em algum lugar específico no ponto-de-vendas.
Para atender a essa motivação de compra é sempre bom elogiar todos os gostos e decisões de quem está comprando; assim, o Cliente se sentirá mais valorizado e se tornará um propagador positivo daquele negócio.
Esse consumidor é o que mais gosta de receber brindes, principalmente quando esse é destinado e identificado apenas para aqueles clientes especiais. Gostam de receber bonés e camisetas que exibem a marca dos produtos que usam.
Quando compramos um veículo que tem como slogan “o carro mais vendido do ano”, ou, “o carro preferido pelas estrelas de cinema”, em ambos os casos a motivação de compra é a aprovação Social. Aqui também se paga mais caro por esses valores agregados.

7. A VISÃO INTEGRADA DAS MOTIVAÇÕES
Um produto ou serviço só terá sucesso se atender às Seis Motivações de Compra. Assim, é muito importante lembrar que não compramos apenas porque o preço é mais barato, existem mais cinco razões que agregam valor e nos levam a pagamos mais caro por isso. É que decidimos onde será gasto nosso valioso dinheiro.
Com os nossos clientes, acontece a mesma avaliação em relação aos nossos produtos e serviços logo, sugiro que antes de lançar no mercado o objeto que deverá gerar receita para a empresa, sejam desenvolvidas argumentações de vendas que atendam perfeitamente às necessidades de cada MOTIVAÇÃO DE COMPRA.

Uma última observação. Antes de vender qualquer produto ou serviço de sua empresa, “perca” alguns minutos para ouvir a opinião do comprador que trabalha ao lado.

J.W. CAMURÇA, Consultor Sênior do Instituto MVC. Professor do MBA da FGV

09 junho 2008

C&A e Kraft são notificadas por comerciais que atingem crianças

Daniele Madureira, de São Paulo
09/06/2008

O mote "papai-mamãe não!", tema da campanha da rede C&A para o Dia dos Namorados, foi substituído depois de a empresa receber notificações do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). As entidades consideraram tema com "apelo sexual abusivo".
A transmissão dos comerciais já havia sido interrompida na sexta-feira, um dia depois de o Conar emitir medida liminar de sustação da campanha, acatada pelos veículos de mídia. Na sexta, o Idec também pediu a suspensão. Enquanto isso, a DM9DDB, agência da C&A, preparava mudanças na comunicação, que passa a ter como mote o "pagamento parcelado".
Segundo o Conar, cerca de 50 queixas chegaram à entidade na semana passada contra a C&A. Muitos pais questionaram o conteúdo da propaganda, que apresentava casais em atitude sensual, incentivados a abandonar os presentes triviais, ou "papai-mamãe", para apostar em opções ousadas. "A comunicação nos pontos-de-venda era ainda mais explícita, com ícones que sugeriam posições sexuais", diz o advogado Marcos Pó, do Idec. As crianças, que não conhecem a expressão, ficam curiosas em saber do que se trata, enquanto aqueles que entendem o trocadilho são incentivados ao sexo, o que vai contra as regras do próprio Conar, afirma Pó.
Por meio da sua assessoria de imprensa, a C&A divulgou nota informando que havia recolhido todo o material disponível em suas lojas e feito alterações nos comerciais de TV. "Reforçamos que, em nenhum momento, a C&A teve a intenção de provocar constrangimento", informa o comunicado.
Também na sexta-feira a subsidiária brasileira da multinacional americana Kraft Foods foi notificada pelo Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, devido à campanha "Frutrição", nova assinatura do refresco em pó Tang. No filme, de autoria da Ogilvy, quatro crianças falam de tristeza e só se animam depois de participar da promoção que sorteia prêmios a quem enviar um envelope com cinco códigos de barra da marca.
De acordo com a entidade, "o filme abusa da credulidade e suscetibilidade das crianças brasileiras", além de estimular "o consumo excessivo de bebidas industrializadas". Procurada pelo Valor, a Kraft informou que não vai tirar a campanha do ar, por entender que "não há qualquer irregularidade" no filme ou na promoção.
O Projeto Criança e Consumo, por sua vez, lembra que a Kraft assinou, em julho do ano passado, o código de auto-regulamentação da Children's Advertising Review Unit (Caru), uma espécie de Conar para campanhas infantis nos Estados Unidos, em que se comprometeu a restringir publicidade para menores de 12 anos. O Projeto e o Idec enviaram uma carta à Kraft Brasil perguntando se o compromisso seria válido para o território brasileiro. "Até hoje eles não nos responderam", afirma Pó, do Idec.

Casas Bahia investe R$ 1 bilhão em mídia

Valor Econômico 09/06/2008 12:30

SÃO PAULO - Os três maiores anunciantes do país continuam os mesmos - Casas Bahia, Unilever e AmBev, ordem que se repete desde 2003 -, mas ao analisar o investimento publicitário por atividade econômica, muita coisa mudou em 2007.

É o que se conclui do Projeto Inter-Meios, relatório de investimento em mídia produzido pela PricewaterhouseCoopers para a editora Meio & Mensagem. O levantamento lista os 300 maiores anunciantes do país, que aplicaram juntos R$ 10,25 bilhões em 2007. Só a Casas Bahia injetou um décimo disso, batendo pela primeira vez a casa do bilhão (R$ 1,002 bilhão).
No varejo, a baiana Insinuante passou à frente do Grupo Pão de Açúcar e investiu R$ 142,7 milhões em 2007 (30% a mais), enquanto a verba do concorrente caiu 15%, para R$ 134,2 milhões.
No ranking geral, o Pão de Açúcar foi do quarto para o 13º lugar. Quem também enxugou verbas foi o Itaú: queda de 25% para R$ 106,6 milhões, que o levou do oitavo para o 18º lugar. O Bradesco, por sua vez, subiu quatro posições (da 10ª para a sexta). O Real manteve o 25º lugar, enquanto o HSBC arrancou, partindo da 44ª à 27ª posição (R$ 88,4 milhões), à frente do Santander (que caiu do 22º para o 38º lugar)." As mudanças acontecem nos setores que vêm registrando maior competição " , diz Salles Neto, presidente do Meio & Mensagem.
Em higiene pessoal e beleza, a Johnson & Johnson deu um impulso de 120% na verba, para R$ 61,5 milhões (foi da 75ª para a 37ª posição). Com exceção da Fiat (quinta maior anunciante), as montadoras também mudaram de lugar: Ford subiu três posições (4º lugar), passando à frente da Fiat e da GM, que caiu quatro degraus (10º lugar). A Volks subiu dois (14º). Entre os anunciantes do governo, a Caixa Econômica Federal continua líder (R$ 229,9 milhões), seguida por Petrobras (R$ 160,7 milhões) e Banco do Brasil (R$ 148,4 milhões).
Em São Paulo, o salto se deu na Prefeitura da capital, da ordem de 32%, para R$ 25,2 milhões, perto do que investiu o governo paulista (R$ 27,3 milhões), cuja verba caiu 39%.

Daniele Madureira Valor Econômico